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editorial

Leia aqui o artigo de Celso Lungaretti sobre a independência da crítica. 

E veja nossa dica de cinema para esta segunda-feira. 

LEIA

NA NOSSA SEÇÃO ARTIGOS, o cineasta amazonense Aurélio Michiles reflete sobre o papel do documentário nos dias atuais

NO SITE DA REVISTA PIAUÍ, Werner Herzog afirma que “o nosso senso de realidade está ameaçado”

MINISTRO TARSO GENRO: SALVE CESARE BATTISTI!

Celso Lungaretti (*)

O Conselho Nacional para Refugiados Políticos não considerou como tal o italiano Cesare Battisti, deixando o caminho desimpedido para o Supremo Tribunal Federal determinar sua extradição, o que dificilmente deixará de fazer.

Bem vistas as coisas, entre ele e a pena de 30 anos de detenção – praticamente uma condenação a morrer na prisão, para um homem de 53 anos de idade, que tem levado uma vida de muita dor e sofrimento – a melhor, talvez única, possibilidade de salvação seja a decisão do ministro da Justiça Tarso Genro, a quem a defesa de Cesare Battisti deverá apresentar recurso, reiterando o pedido de refúgio humanitário.

Em último caso – negativa de Tarso Genro e decisão contrária do STF – ainda caberia um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, o precedente da greve de fome de D. Flávio Cappio, quando Lula não cedeu aos reclamos do bispo, desaconselha-nos a nele depositar nossas melhores esperanças.

Trata-se de um caso em que a frieza da Lei conflita com o espírito de Justiça, que inspira ou deveria inspirar nossas ações neste sofrido planeta.

Com vinte e poucos anos, Cesare Battisti pertenceu a um grupelho de esquerda radical na Itália, versão em miniatura das famosas Brigadas Vermelhas. É o que relatou em carta ao Conare, o qual permaneceu cego e surdo ao seu apelo desesperado. [“Fui membro do PAC, mas nunca pratiquei atos de violência… A verdade é que eu já havia publicamente renunciado à luta armada quando da morte de Aldo Moro. Tão logo percebi o caminho pelo qual a esquerda radical italiana poderia estar indo, fui radicalmente contra e cheguei mesmo a dizer a meus companheiros minha discordância.”]

Havia uma imensa frustração entre os idealistas que tentaram e não conseguiram mudar o mundo, em 1968 e anos subseqüentes.

Nos países prósperos da Europa, parecia mesmo que, como o filósofo Herbert Marcuse escrevera, a combinação de uma situação de conforto material com a atuação atordoante dos meios de comunicação de massa fechara totalmente as brechas através dos quais os homens poderiam chegar ao pensamento crítico.

Então, na segunda metade da década de 1970, uns poucos tentaram abrir novas brechas com dinamite.

Foi um terrível e trágico erro histórico.

Por mais impermeáveis às mudanças que se apresentem em determinado momento, as democracias dão espaço a quem quer convencer a cidadania de que a realidade pode ser alterada para melhor.

O jeito é, pacientemente, perseverar no trabalho de formiguinha, até que a situação mude.

A teoria do homem unidimensional de Marcuse (bem como a do fim da História de Fukuyama, que veio depois) dissecava com precisão cirúrgica o momento que a produziu, mas não levava em conta a dinâmica da História, que teima em direcionar-se para novos e surpreendentes caminhos.

P. ex., a recessão que fustigará a economia mundial em 2009 (e sabe-se lá mais quanto tempo) e as catastróficas conseqüências das alterações climáticas (que já começam a nos assolar) ensejam novas possibilidades de atuação aos que querem despertar a consciência coletiva para o fato de que o capitalismo hoje ameaça a própria sobrevivência da espécie humana.

A sofreguidão, entretanto, tornou-se uma tendência avassaladora no mundo moderno.

Muito mais entre os jovens.

E mais ainda entre os idealistas, que exasperam-se por terem uma visão muito nítida das mazelas do seu tempo e de como poderiam ser erradicadas, mas se chocam com a indiferença e o egoísmo da maioria bovinizada.

Battisti, jovem e idealista, acreditou que devesse trilhar um desses atalhos para a transformação da sociedade, já que a estrada principal estava bloqueada. Pagou caríssimo por isto.

Depois que as Brigadas Vermelhas tomaram a decisão inaceitável e inqualificável de executar Aldo Moro, criou-se um estado de ânimo fascistóide na Itália.

Semelhante, p. ex., aos que levaram os EUA a lincharem pelas vias legais tanto Sacco e Vanzetti quanto o casal Rosemberg, cujas inocências saltavam aos olhos e clamavam aos céus.

Foi em processo deste tipo, no qual se registraram verdadeiras aberrações jurídicas em detrimento dos réus, que Cesare Battisti acabou condenado por quatro homicídios cuja autoria ele nega. [“Hoje estou cansado. Se volto para a Itália sei que vou morrer. Embora nunca tenha matado ninguém, me acusaram de ter matado policiais com base em um depoimento de um ‘arrependido’ por delação premiada, que jogou a culpa por muitos atos praticados por ele próprio em mim… Nunca pratiquei atos de violência contra quem quer que seja, e não há testemunha presencial que me acuse de tal prática.”]

Conseguiu escapar da prisão do seu país e leva existência de judeu errante há quase três décadas, perseguido, acossado, finalmente preso no Brasil, a pedido da Itália. [“Fugi para a França, e da França para o México, e do México para a França, e da França para o Brasil. A pé, de ônibus, de avião, de carro, enfim, da forma que fosse possível. Fugi cruzando territórios e fronteiras, que nem sempre eram a minha destinação original. Fugi muitas vezes pensando que nunca mais veria minhas duas filhas, meus amigos, minhas referências de vida.”]

Constituiu família, escreveu livros, reconstruiu-se, bem ao contrário dos que preferiram seguir o rumo insensato até o mais amargo fim, como Carlos, o Chacal.

Hoje, é um homem que, livre, não faria mal a uma mosca. Poderia, finalmente, viver em paz com seus entes queridos e continuar exercendo brilhantemente sua atividade literária. [“Vim para o Brasil pois sabia do calor e do acolhimento que aqui receberia. Sabia também que o Brasil acolhe perseguidos políticos. Hoje tenho certeza que reúno condições de aqui trabalhar, de trazer minha família para perto, de estar ao lado de meus amigos que, mesmo vivendo do outro lado do Atlântico, nunca me deixaram só.”]

Que verdadeiro benefício a sociedade tirará do seu encarceramento por 30 anos, ou até a morte? Nenhum. O olho por olho, dente por dente pertence à pré-História da humanidade.

Mas, Battisti se debate numa dessas armadilhas da História, sem saída pelos caminhos legais.

Não cabe ao Brasil questionar a lisura da Justiça italiana ou o rancor vingativo com que a direita de lá, ao assumir o poder, exumou um caso esquecido e passou a perseguir implacavelmente um homem que não incomodava mais ninguém.

É em nome da clemência, dos sentimentos humanitários e do seu próprio passado idealista que Tarso Genro terá de agir, para salvar Cesare Battisti.

Quando Salvador Allende assumiu o poder no Chile, afirmou à militância que, para ela, jamais seria Sua Excelência, o Presidente, mas sim o Companheiro Presidente. Morreu cumprindo a palavra.

Que Tarso Genro, seguindo os passos de Allende, aja agora como Companheiro Ministro – é o que dele esperam Cesare Battisti e os brasileiros que, como eu, conservam o idealismo e o espírito solidário, mesmo nestes trópicos cada dia mais tristes.

* Celso Lungaretti, 58 anos, é jornalista, escritor e ex-preso político. Mantém os blogs O Rebate, em que disponibiliza textos destinados a público mais amplo; e Náufrago da Utopia, no qual comenta os últimos acontecimentos.
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

Fotos do I Encontro de documentaristas latino-americanos do século XXI

Silvio da-Rin e Orlando Senna.

Delegação brasileira - De pé: Wolney Oliveira, Solange Lima, Silvio Tendler e Sergio Muñiz. Sentados: Silvio da-Rin e Orlando Senna.

A delegação brasileira com o argentino Fernando Birri e o organizador Tarik Souki.

A delegação brasileira com o argentino Fernando Birri e o organizador Tarik Souki.

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Olando Senna assina a declaração do Encontro

Sergio Muñiz assina a declaração do Encontro

Sergio Muñiz assina a declaração do Encontro

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Fernando Birri assina

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Takik Souki exibe a assinatura

O chileno Pedro Chaskel assina o documento

O chileno Pedro Chaskel assina o documento

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Solange Lima e a cubana Alquimia Peña assinam

Omar González, presidente do ICAIC, assina o documento

Omar González, presidente do ICAIC, assina o documento

Octavio Getino (Argentina)

O argentino Octavio Getino

O brasileiro Maurice Capovilla

O brasileiro Maurice Capovilla também marcou presença no evento

Yanara Guayasamin (Equador)

Yanara Guayasamin (Equador)

Silvio Tendler e Ana Maria Garcia (Porto Rico)

Silvio Tendler e Ana María García (Porto Rico)

… encontro

Entre 4 e 7 de novembro acontece em Caracas o Encontro de Documentaristas Latinoamericanos do Século XXI, que contará com mais de 100 representantes de 19 países das Américas.

O evento comemora os 40 anos do histórico encontro realizado em Mérida em 1968, além de reafirmar o compromisso estabelecido no I Seminário e Fórum do Documentário Latino-americano, que aconteceu durante o Cinesul, em junho deste ano. Na ocasião, cineastas afirmaram a necessidade de abrir um espaço constante de debate sobre as questões do documentário latino-americano, e divulgaram a Carta do Rio de Janeiro (clique aqui para ler o documento).

Para o evento em Caracas, foram convidados os brasileiros Silvio Tendler, Eduardo Coutinho, Orlando Senna, Silvio Da-Rin, Vladimir Carvalho, Carlos Avellar, José Antonio Ameijeiras, Sergio Muñiz, Geraldo Sarno, Maurice Capovilla, Marilia Alvim, Wolney Oliveira, Eryk Rocha e Solange Lima.

Produção, rede lationamericana de exibição e distribuição, e questões estéticas e de conteúdo são os temas dos debates, que acontecerão no Hotel Alba Caracas. Haverá ainda exibições de filmes na Galeria de Artes Nacional.

A programação completa pode ser encontrada no site do CNAC

… ensaios

Produzida por Davi de Oliveira Pinheiro e Letícia de Cássia, a série para a internet Fronteiras do Pensamento: Ensaios Visuais traz curtas realizados por brasileiros com personalidades do cinema, teatro, música e artes plásticas.

Atualmente, é possível assistir no site a quatro dos cinco vídeos que compõem a série. Em Dois Andares, de Márcio Schoenardie, os diretores Beto Brant e José Padilha conversam sobre cinema no elevador. Na versão para a internet de Teatro de Titãs, de Fernando Belens, o dramaturgo Fernando Arrabal discute mitolgia, ditaduras, os caminhos da criação artística no século XX e o destino do teatro no século XXI. Destaque na nossa seção Vídeos para os mais recentes De volta ao quarto 666, de Gustavo Spolidoro, em que Wim Wenders, assim como fez com amigos cineastas em 1982, é questionado sobre o futuro do cinema na era digital; e What are you looking for?, de Camila Gonzatto, em que o compositor Philp Glass discorre sobre a criação musical.

Cada entrevista já valeria um curta por si só, devido à relevância dos personagens, mas é interessante notar que assim como foi proposto, os realizadores realmente fazem um ensaio visual, utilizando as falas como ponto de partida para mostrar suas visões sobre o fazer artístico.

No site há ainda entrevistas com os diretores sobre o processo de criação.

http://www.v2cinema.com/ensaiosvisuais/

… tesouros do cinema

Já imaginou ter acesso ao acervo cinematográfico das principais cinematecas européias sem sair de casa? Assistir a filmes do final do século retrasado, poder analisar a gênese do cinema?

Pois os cinéfilos já podem se deliciar com essa maravilha da nossa era digital: o site Europa Film Treasures, inciativa de mais de 30 cinematecas e arquivos europeus, reúne 53 filmes inéditos e raros, produzidos entre 1898 e 1970. Os filmes estão restaurados e disponíveis com legendas em espanhol, inglês, francês, italiano e alemão.

A visualização é gratuita, mas os filmes não podem ser copiados no computador. Até o fim do ano o projeto pretende colocar no ar cerca de 100 filmes, e promete quintuplicar esse número até 2012.

O endereço é www.europafilmtreasures.eu

FONTE: http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/cinemateca_no_computador.html

… editorial

Papel, cachaça e memória

 

VÍDEO
Assista ao curta “Montanãs de papel, montañas de injusticia”, do Movimento Mundial pelas Floresta Tropicais, sobre o impressionante impacto da indústria de celulose e papel.

 

O QUE É ISSO?
Ainda na discussão sócio-ambiental, tente adivinhar o que são essas imagens?

 

EVENTOS
Começa amanhã no CCBB a retrospectiva “Alain Resnais: A revolução discreta da memória”, que exibirá todos os filmes do cineasta francês.

Na quarta-feira continua o ótimo ciclo de debates “Visões do Documentário”, nesta semana com a  presença de Joel Pizzini e Erik Rocha. E também nesta quarta, dia 20,  o Cachaça Cinema Clube comemora seus 6 anos de existência com exibição de documentários brasileiros da década de 60 e 70.

… caso elena varela

Carta de Elena Varela luego de su liberación

Estimados compañeros, me dirijo a todos los audiovisualistas, a los artistas, a los actores, a los músicos, a los intelectuales. A la plataforma audiovisual, a la plataforma ciudadana por la libertad de expresión y creación, a las organizaciones de derechos humanos, a las organizaciones populares, a las organizaciones juveniles, a las organizaciones de mujeres, a las organizaciones que luchan por la libertad de expresión.

A todos los hermanos de otros pueblos de América latina, y también a los hermanos de otros pueblos que también luchan por su propia libertad, a los documentalistas del mundo, al pueblo mapuche principalmente.

Quiero hablarles y expresarles toda mi gratitud en este momento, en este momento que estoy gozando de una pequeña libertad, una libertad que ha sido ganada gracias a la lucha de nosotros, de ustedes, es una lucha que me ha permitido en este momento estar en mi domicilio con mi familia, es un momento muy doloroso y a la vez muy feliz de poder compartir con ustedes.

La libertad es un valor muy grande, es un valor muy fuerte; yo creo que un país democrático no puede faltar a la libertad, a la libertad de expresión; hacen falta leyes que nos apoyen, que apoyen al artista en su expresión, que no nos limite de poder decir nuestros valores, nuestra cultura, el derecho a expresarse, el derecho a poder construir una sociedad más justa. Es por eso que he sido perseguida, porque he tratado de alguna manera de mostrar este tipo de valor en mis trabajos, y allí es que yo quiero y deseo…y a la vez agradezco a todos ustedes… que levantan este discurso y esta bandera, la bandera de libertad.

Es increíble que en un país democrático en el cual varios y muchos han caído, muchos han sido encarcelados, muchos han sido desterrados, aún no se goce esa libertad de expresión, aún tengamos que estar en cárceles, aún no podamos disfrutar de verdad lo que significa.
Quiero que sepan que los llevo en mi corazón y quiero…envío desde acá, desde mi casa un saludo fuerte, van a pasar algunos meses de lucha todavía que tengo que dar…en los tribunales y también con ustedes compañeros para que pueda gozar de la libertad, de la libertad real, de la misma libertad que gozamos todos pero que vivimos con temor, con un temor a poder decir estoy en libertad y yo pienso esto.

Desde acá les envío un fuerte abrazo y quiero decirles principalmente que hay valores que a los artistas, que a los creadores, a los intelectuales del planeta nos hacen dignos. Y uno de esos es la libertad. Tenemos que hacer que todas estas expresiones…expresiones que nosotros vamos teniendo día a día, vayan haciendo que nuestra vida sea más digna, más justa; para que al final de toda esta historia la dignidad se haga costumbre, en nuestro país, en nuestra tierra latinoamericana.

Un respeto grande y un abrazo a nuestro pueblo mapuche que sufre día a día este mismo problema, a todos los marginados de este país, a todos aquellos que han sido reprimidos y han tenido que emigrar incluso.

Un abrazo fuerte para ustedes que están construyendo –y estoy segura- una sociedad más justa.
Gracias compañeros.

Elena Varela López

Publicada no site El Ciudadano: http://www.elciudadano.cl/2008/08/16/carta-de-elena-varela-luego-de-su-liberacion/

Elena Varela em “liberdade”

A cineasta chilena saiu do Centro Penitenciário de Rancágua na última quarta, dia 13/08, mas continua em prisão domiciliar. Seguem duas matérias com declarações da documentarista:

ELENA VARELA ABANDONA LA CARCEL Y REAFIRMA SU INOCENCIA

FONTE: Radio Universidad de Chile

Publicado el 14 Ago 2008
Por Raúl Martínez
Como un hecho político y por el temor del Estado al movimiento mapuche, calificó la documentalista Elena Varela, su detención tras ser vinculada a dos asaltos el 2004 y el 2005 en localidades del sur del país.
Luego que fuera liberada por una decisión del Tribunal de Garantía de Rancagua, Varela conversó con el programa “Política en Vivo” de Radio Universidad de Chile, donde expresó su absoluta inocencia en el caso que se le imputa.
“Nunca ha sido parte de mi lucha ni de mi pensamiento este tipo de manifestaciones. Por la misma razón me declaro inocente, para empezar. No tengo absolutamente nada que ver con esto que se me está inculpando. Me sorprendo y me vuelvo a sorprender cada día”, afirmó respecto a la manera en que se le involucró en los atracos que supuestamente buscaban fondos para sostener la defensa en Brasil del ex líder del FPMR Mauricio Hernández Norambuena, preso en ese país por el secuestro del empresario Washington Olivetto.
Elena Varela defendió su trabajo y la realización del documental Newen Mapuche, en el cual se da cuenta de las demandas de esta etnia.
En ese sentido, sostuvo que la investigación realizada para su trabajo artístico lleva a concluir que se trata de uno de los temas pendientes de la democracia.
“Desde la dictadura militar ya los mapuches habían perdido mucho y la democracia les plantea a ellos volver a obtener lo que habían perdido, y eso es uno de los puntos donde no se ha cumplido. Y de ahí parte la lucha y los encuentros que hay entre los sectores como el poder económico, las forestales y el poder político a la vez, los que finalmente van reprimiendo a las comunidades hasta convertirlas en un grupo que se transforma en una organización más reducida y cerrada y que hoy el Estado llama subversiva”, estimó.
Durante el tiempo que resta de la investigación, Varela permanecerá con medidas cautelares como arresto domiciliario nocturno y arraigo nacional que le impide salir del país.
 

CINEASTA CHILENA EN LIBERDAD CONDICINAL TRAS TRES MESES DE CÁRCEL

Santiago de Chile, 13 ago (PL) La documentalista chilena Elena Varela, encarcelada hace más de tres meses, fue puesta hoy bajo régimen de libertad vigilada, con arresto domiciliario y prohibición de abandonar el país.
Al salir del módulo de Alta Seguridad de la Cárcel de Rancagua, al sur de Santiago, la cineasta reiteró su inocencia en el caso que se investiga, en la que fue acusada de colaborar en dos asaltos bancarios en 2005.
Todavía estoy presa, dijo, pero siento que de alguna manera se está abriendo paso la justicia y espero que se cumpla lo que tiene que ser, lo real. La libertad tiene que llegar, porque aquí no hay nada que tenga que ver con esos asaltos y, la verdad, sigo pensando que hay todo un sistema extraño que todavía no logro entender.
Varela fue detenida el 7 de mayo cuando filmaba “Newen Mapu Che”, un documental sobre la lucha por la recuperación de tierras por los Mapuches en el sur del país, y sus filmaciones y equipos fueron requisados por la policía, motivando la protesta de varios gremios audio-visuales y periodísticos.
Grupos de solidaridad con Varela que vienen realizando manifestaciones desde su arresto, convocaron para mañana jueves “un gran acto” por su liberación.
Tras recordar que sus materiales aún no fueron devueltos, los organizadores señalaron que la liberación de Varela se logró gracias a la movilización de personas “preocupados de defender nuestro derecho a la libertad de expresión y creación”.
 
ln/jl
PL-240